Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. Um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. É tudo uma perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que os nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles a sua raiva, o seu orgulho, o seu asco, a sua adoração ou o seu desprezo. O que não o faz mover um músculo, o que não o faz estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.
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